Um Amor que Transforma
O desafio dos dias de hoje é encontrar um amor que transforme o ser humano.
Com tanta oferta de relacionamentos fáceis, descompromissados e rápidos, fica difícil estabelecer vínculo, criar raízes e desenvolver uma relação de compromisso duradouro. Quando vinham filhos, frutos de uma relação estável e planejada, estabelecia-se o quadro familiar completo.
Hoje encontramos crianças descartadas como pacotes indesejáveis de relações ocasionais. Famílias desestruturadas ou construídas às pressas com prazo de validade muito curto, afinal não foram pensadas a longo prazo pois o amanhã é outro dia. Vivendo em uma sociedade com hedonismo egoísta, ou seja, a busca do próprio prazer acima de tudo, sem pensar nas conseqüências.
Encontramos jovens interessados em contar as bocas que beijou na balada sem ao menos se importar em gravar nomes ou rostos, afinal, é apenas uma curtição. A mídia mostra as relações de forma descontraída e displicente, estimulando as exploração dos sentidos e a experimentação como ferramenta de prazer.
A prevenção funciona como mecanismo de defesa contra doenças e outras possíveis conseqüências, sim, os filhos são chamados de conseqüências e não mais frutos.
Então os desafios hoje são:
- como construir uma relação de amor, confiança, companheirismo que promova o crescimento de cada um dos envolvidos?
- Qual o segredo de se fazer notar no meio da multidão?
Estabelecendo um contanto sincero, sendo essencialmente verdadeiro no seu modo de agir e falar, procurando o bem-estar não apenas seu, mas também da outra pessoa. Esforçando-se por reconhecer os pontos negativos que precisam ser trabalhados em ambos os lados visando aparar arestas e promover o justo encaixe deste convívio. Não desistir de tentar a cada dia aumentar a lista de motivos pelos quais vale a pena lutar para manter esta relação em franco aprimoramento.
Penso no desafio de Ester, uma jovem simples em meio a um harém de inúmeras candidatas que tinham por missão encantar o rei para se tornar a rainha eleita. Uma oportunidade apenas para convencer e converter um corpo e um coração para o amor verdadeiro e permanente. Estabelecer um contato profundo e significativo que desperte a necessidade de continuidade. Transformar a relação ocasional em um diário e permanente contato, que vai se firmando em um convívio que se fortalece até que as raízes de uma união verdadeira o firmam no terreno dos corações de ambos. Este amor tem poder de nos fazer melhores, mais humanos, compreensivos, respeitando os limites e os sonhos dos outros.
Dá esperança para um futuro mais equilibrado e menos promíscuo, onde o corpo será respeitado com o templo do espírito e não um pedaço de carne a ser aproveitado enquanto firme e jovem.
Onde o coração será a morada de nobres sentimentos e não apenas desculpa para atitudes desvairadas motivadas pela vaidade.
E por fim, um amor que promoverá a paz e a felicidade do ser humano bem como sua maturidade para crescer (no conhecimento e na graça) e multiplicar- se (com uma família equilibrada e amorosa) como foi a ordem de Deus.
Cristina Marques
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